Para dinamarqueses, hygge é verbo, substantivo e adjetivo, ao mesmo tempo. Isso quer dizer que o conceito descreve, na verdade, uma atmosfera e as maneiras como experimentamos as coisas.
Jean falando aqui hoje, do time de marketing da Alessa, para compartilhar o que aprendi sobre hygge quando morei na Dinamarca. Hygge dá a linguagem, o objetivo e os métodos para planejar a felicidade, em doses diárias, e relembrá-la depois. É uma escolha.
Hygge é uma experiência racional para exponencializar os sentidos através de atitudes simples que sustentam o prazer subjetivo. Para ser hyggeligt, um momento precisa reforçar o sentimento de segurança e pertencimento. A sensação de baixar a guarda.
O ingrediente mais forte para um clima hygge são velas. 85% dos dinamarqueses ascendem velas todos os dias. Várias delas. Em dinamarquês, a expressão estraga-prazeres é traduzida como lyseslukker, ou, apagador de luz. A origem do termo é norueguesa e remonta à palavra abraço no nórdico antigo. Hygga virou hug, mas também quer dizer confortar, considerar, refletir.
Equilíbrio é a base para que hygge floresça. O tempo dedicado aos outros cria uma atmosfera calorosa, relaxada, amigável. A reputação de confiança é a base da sociedade dinamarquesa e isso se traduz em estabilidade social e segurança emocional. Quase como um abraço coletivo.
A arte do hygge é também a arte de expandir a zona de conforto para incluir outras pessoas. Há um elemento de estar presente nos momentos. Hygge é carregado com uma forte orientação e compromisso em experimentar e saborear o presente. O estudo desse comportamento aprofunda a eudaimonia, um antigo termo grego para a felicidade. É baseado na percepção de felicidade de Aristóteles, para quem a boa vida era uma vida significativa. Hygge se torna uma visão de propósito.
A arquitetura e o design entram no desenho dos palcos onde a felicidade pulsa. Sempre ligados à natureza, com excesso de elementos da floresta, de galhos e peles a folhas e pedras, mas um compromisso com a simplicidade. Tem vez apenas as coisas que contam profundas histórias e despertam as melhores lembranças.
É possível criar um clima hygge tupiniquim? A gente tem certeza que sim! Como ele seria pra você? Espero que este conteúdo te inspire a recriar nossa própria versão brasileiríssima do tal “hiuugá” (sim, essa é a pronúncia). Para saber mais sobre o tema, recomendo a leitura de The Book of Hygge, de Meik Wiking.
Tak, vi ses!