Mula Preta: é mais fácil sentir que descrever

Mula Preta é um nome forte! Tal força é intrínseca à provocação que a marca soma ao design brasileiro contemporâneo. Formado em 2012 pelo designer André Gurgel e pelo arquiteto Felipe Bezerra, o estúdio potiguar acredita que a força da produção nacional é a irreverência. Em visita à Casa de Alessa durante o lançamento das peças no mercado gaúcho, André concedeu uma entrevista divertida e cheia de conteúdo. Conheça a história completa do estúdio AQUI.

 

 

O nome de vocês é curioso. De onde surgiu?

A gente sempre teve a cabeça globalizada, mas queria uma mensagem forte do regionalismo que nos define. Mula Preta é uma moda sertaneja que ficou famosa na voz de Luiz Gonzaga, então abraçamos essa homenagem ao nordeste. Tem melodia, tem contraste com o que já existia no mercado, e hoje esta mais do que claro que foi uma ótima escolha.

 

Como o sotaque regional se expressa no produto?

De fato, sempre buscamos reforçar o traço regional, mas pra nós ele não é aquele clichê de mercado com repetição de madeira, palha natural e referências do tipo. Nossa regionalidade é o bom humor, é a alegria, a brincadeira. Somos brasileiros, mas também somos globais, então buscamos reforçar traços de sofisticação e uma contemporaneidade conceitual.

 

Sua obra busca unir as pessoas através da identidade?

Sim! Temos diversas especificidades que são muito bonitas, mas a união dos regionalismos cria um sentido mais amplo de nossa confluência cultural contemporânea. É mais fácil sentir do que descrever. Lá fora, já estamos consolidando essa linguagem nacional. Só de bater o olho é possível saber o que é escandinavo, o que é italiano e o que é brasileiro também.