A modernista obra de Fasanello tem endereço fixo em POA

 

“O material exige uma forma ou a forma te indica o material – o designer é prisioneiro dessa relação.”

 

Em dias onde a obsolescência é programada, a memória de Fasanello se impõem, resistindo à passagem do tempo em peças cinquentenárias que representam um dos mais admirados períodos do design modernista brasileiro. 

Ricardo Fasanello nasceu em São Paulo, mas foi no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, que seu ateliê abriu as portas e absorveu as efervescentes referências cariocas nos anos 50. Foi e segue sendo lá que tudo é produzido com dedicação artesanal. 

Suas primeiras criações foram automotivas. Talvez seja daí sua curiosidade, inusitada para a época, em manipular e estudar matérias primas como fibra de vidro e resina de poliéster. É ao longo do processo, extrapolando o ato de fazer, que o designer idealizou grande parte de suas técnicas.

As marcas registradas tornaram-se a funcionalidade e trabalho artesanal, mesclando uma inconfundível estética brasileira com uma distanciada e até então inédita sofisticação. Tal qual Niemeyer, Fasanello tinha dedicação pessoal pela investigação de materiais que substituíssem a madeira como elemento símbolo do design nacional. Contraste é um bom adjetivo para seu acervo. 

Fasanello segue como um dos maiores designers brasileiros. Seu nome e obra são internacionalmente prestigiados, com peças em acervos permanentes de museus contemporâneos e presença nas avenidas mais prestigiadas do design mundo afora. Agora, também, é exclusividade no portfólio da Casa de Alessa, estendendo aos gaúchos o acesso e proximidade a peças premiadas como as poltronas Fardos, Esfera e Anel. 

 

 

 

Poltrona Esfera

O desenho é de 1968. Fabricada manualmente em fibra de vidro e resina de poliéster, a metáfora de uma cápsula espacial hoje faz parte do acervo permanente do MoMaSF – Museu de arte moderna de São Francisco, nos EUA. Seu estofamento em couro narra um contraste confortável do natural com o sintético.  VER MAIS

Poltrona Anel

É também da década de 60 o traço forte e distinto da Anel. O cilindro e a base de ferro sustentam o assento confortável, circundado por um saturnino anel inclinado que serve de apoio para as costas e braços. VER MAIS

 

Poltrona Fardos

Fardos foi seu primeiro sucesso internacional, composto por três enormes rolos cobertos de camurça e amarrados por tiras de lona. A peça foi apresentada na Equipment Exposition de 1971 em Paris e, mais tarde, em Berlim. A recompensa por sua estética corajosa e vanguardista veio em 1975, quando foi convidado a realizar a decoração do novo prédio do jornal O Estado de São Paulo, um dos maiores do país.  VER MAIS

 

Poltrona Gaivota

Uma sorridente e acentuada curva abriga o baixo assento e o discreto encosto, uma peça simultaneamente escultórica e confortável. Sua criação data de 1971 e a base giratória dá o tom leve, cosmopolita e funcional da peça. VER MAIS